Título: Qualidade de rações comerciais para coelhos em crescimento

Autore(s): Luiz Carlos Machado, Elizângela Roberta de Assis Pinto, Luiz Otávio Rodrigues Pinto, Adriano Geraldo, Tiago Antônio dos Santos, Marcelo Gaspary Martins
Resumo

No mercado brasileiro as rações comerciais para coelhos não têm qualquer padronização e muitas não atendem às exigências nutricionais da espécie. No mercado existem mais de 30 diferentes marcas comerciais, sendo a maioria comercializada para atender a criações caseiras. Este trabalho objetivou avaliar a qualidade nutricional das rações comerciais, avaliando a composição químico-bromatológica, desempenho produtivo e identificar equações de crescimento. Para aferição da composição, foram utilizadas 14 rações comerciais, sendo realizadas análises para comparação com os valores propostos nos rótulo e valores propostos pelas exigências internacionais. Para avaliação do desempenho produtivo, foram coletadas no mercado, aleatoriamente, sete rações comerciais, sendo utilizados 28 coelhos da raça Nova Zelândia Branco, dos 35 aos 73 dias de idade, sendo considerados os parâmetros de ganho de peso diário (GPD), consumo de ração (CR) e conversão alimentar (CA). Para determinação das equações de crescimento, 16 animais Nova Zelândia Brancos foram distribuídos em dois tratamentos, sendo escolhidas, aleatoriamente, uma ração industrial (R-industrial) e outra ração para criações caseiras (R-caseira), sendo considerados intervalos de cinco em cinco dias. Em relação à composição das rações, foram observadas várias irregularidades quando se comparou a composição analisada com a descrita no rótulo sendo que muitas dessas rações não atenderam aos requisitos mínimos para coelhos em crescimento. Houve diferenças significativas entre o CR, sendo que os valores observados são muito elevados. Houve diferenças para a CA, sendo muito elevada em alguns tratamentos. Em relação à evolução do peso dos animais, a ração R-industrial proporcionou os melhores resultados, sendo determinadas as seguintes equações: R-industrial - Y = 37,863X – 512,44 (R2 = 0,99); Y = -0,1837X2 + 57,156X – 980,99 (R2 = 0,99); R-caseira - Y = 29,381X – 335,56 (R2 = 0,99); Y = 0,0566X2 + 23,44X – 191,29 (R2 = 0,99), onde: Y = Peso dos animais e X = Idade dos animais. Sugere-se maior fiscalização governamental para com as rações destinadas a coelhos.

 

Revista / Jornal: Revista Brasileira de Cunicultura, Volume 02, n. 1, 2012
Data de publicação: Sexta, 28 Setembro 2012
Disponível em: http://www.rbc.acbc.org.br/images/Qualidade_de_ra%C3%A7%C3%B5es_comerciais_para_coelhos_em_crescimento.pdf
Palavras-chave: cunicultura, níveis de garantia, desempenho produtivo
Publicado em: Volume 02, n. 1, 2012